A história que se segue é a prova de que a vida é repleta de contratempos. A vida de um homem que sofre uma volta de 180 graus. Uma família que se vê obrigada a superar as constantes barreiras diárias. Uma emocionante história que conta como um infortúnio pode alterar a vida de alguém e daqueles que o rodeiam. Trata-se de uma prova de coragem, tolerância e acima de tudo amor. O Rui nasce a 28 de Janeiro do ano de 1968. É o único rapaz entre duas irmãs e destaca-se por ser reguila e ativo. Na sua terra natal de Ribeirão, na Trofa, desde cedo é colocado num colégio e lembra-se de ser um verdadeiro “terrorista” com os colegas. Da escola, ainda se recorda do nome da primeira professora - Lili, a quem se refere com algum carinho, acrescentando tratar-se de uma bela mulher, por quem o seu coração terá batido. Por outro lado, admite que não nutria grande interesse pelas áreas de línguas e de matemática, surgindo a paixão pelos carros desde cedo. O seu secundário ficou repleto de paixonetas, mas de uma forma passageira e pouco séria. Talvez porque a idade assim o determina ou porque o destino estava a poupar o Rui para o amor da sua vida. Recorda este período com sorrisos disfarçados e atribui as cores do arco-íris a esta etapa da vida, pelos bons e maus momentos que o marcaram. Uma fatalidade marca os seus 11/ 12 anos e começa a moldar a pessoa que hoje está à nossa frente. Falta-lhe carinho e mimo materno. Perante estas vicissitudes da vida, o Rui torna-se decidido em relação às suas expectativas e concretizações para o futuro e decide trabalhar após a conclusão do secundário. Nesta mesma fase, a paixão pelos carros aumenta e a procura pela liberdade e pela aventura associa-se à velocidade. O seu primeiro emprego aparece ligado a uma fábrica de têxteis, onde inicia o trabalho de ajudante de afinador. O primeiro contacto com as máquinas faz com que descubra outra área de interesse, o corte e a costura industrial! Após 3 anos de trabalho, é chamado para a tropa. Pelo receio de seu pai e sua avó materna, o Rui consegue ficar a cumprir serviço na Póvoa do Varzim. Não fala muito deste período. Terminado o serviço militar, o Rui depara-se com o desemprego. O único trabalho que consegue é como empregado de armazém, na Trofa, mas ligado à área têxtil. Como o gosto pela área já estava presente, decide investir numa carreira e tira o curso de corte, a par do trabalho nas máquinas industriais. Com o decorrer do tempo, vai especializando-se e chega ao cargo de controlador de qualidade. No entretanto, vê-se obrigado a procurar novos empregos. Surge, então, a possibilidade de trabalho numa empresa de transportes, como camionista. Aliado à paixão pela condução, o Rui realiza deslocações até França e Espanha e a mudança de área acaba por não ser tão difícil. Esta paixão materializa-se em 1999, sob a designação de “Rebordões 4x4”, um grupo de amigos com gosto pelo todo-o-terreno que participa em diferentes eventos e raides concelhios. Pelo caminho, o Rui reúne medalhas e taças e relembra com orgulho as Antoninas de Famalicão, onde concorreu com nomes importantes da modalidade e conseguiu o 3º lugar. Retoma a área têxtil algum tempo depois e prossegue com a sua carreira. Conhece a sua esposa, o “amor da minha vida”, quando trabalhava na primeira empresa têxtil. Refere que já a conhecia, embora a apresentação oficial tenha sido proporcionada por um primo em comum. Fala com carinho dos passeios, das idas a discotecas e dos encontros que levaram a um namoro de 5 anos. Foi um saltinho até à união, com a decisão do casamento a realizar-se quase de forma natural. Em Rebordões, no dia 24 de Agosto, dá-se o grande dia, data que desperta cores vivas na seleção do Rui. Do matrimónio ao nascimento da primeira filha passa pouco tempo e a Adriana surge quando o casal ainda morava na Trofa. Como pai, o Rui refere que sentia algum receio e chega a recordar um episódio em particular, quando a sua inexperiência pregou um susto. Todavia, atribui a este novo papel uma cor clara, de esperança e alegria, em representação da aventura deliciosa que se revelou ser pai. Eventualmente a mudança para Santo Tirso aparece como a melhor opção, por diversos motivos: a esposa trabalha na zona, as rendas são baixas e há proximidade da família materna. Com a mudança, surge a possibilidade de concretizar um sonho: construir uma vivenda grande para toda a família, um lugar para criar novas e belas memórias. Sonho antigo do Rui, esta é a prova da sua determinação e perseverança em atingir e concretizar desejos. Entretanto, vem a notícia que provoca uma sensação de alegria e espanto, mas com um quê de choque: mais uma gravidez, mas desta vez de gémeos! Nas palavras do Rui foi um susto porque “não estávamos a contar com 2” e isso implicava repensar tudo até então. Mas a família consegue dar a volta ao imbróglio e transformar tudo em mais uma maravilhosa aventura. O João e a Rita completam este quadro e todo um sonho de uma vida aproxima-se da realidade. Contudo, a vida prega-nos partidas e esta família não poderia adivinhar o que iria acontecer. Apesar disto, são um exemplo de coragem e de perseverança. Não perca a continuação! A 2.ª parte desta história será publicada dentro de 15 dias. Esta publicação, contou com a colaboração da Joana Bettencourt, Terapeuta Ocupacional da Felicity
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Outubro 2018
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